Feliz.

Hoje foi um dia em cheio.
Depois do almoçar e tomar o café da praxe, fui a casa dos meus pais, no monte alentejano (quase!), onde revisitei um dos meus cantos de infância e adolescência favoritos, a eira onde se malhava o feijão.
Aí, onde joguei à bola, onde brinquei aos pais e aos filhos, com uma vizinha, desenhando as casas no chão de cimento, com bocados de telhas, onde tive as primeiras “brincadeiras” com a mesma vizinha, onde tive a minha primeira “casa” que até estava mobilada, mas que infelizmente não tinha uma parede e chovia como na rua (mas era minha!), onde tive um campo de ténis, feito por mim e pelo Armário, e que ainda se vê alguns rabiscos de tinta no chão, onde tive algumas conversas marcantes, onde nas crises (poucas!) da adolescência, passei noites com os olhos postos no céu a ver as estrelas, onde comecei a fumar o tabaco que roubava ao meu pai, onde hoje me senti como há muito não me sentia… Bem, livre e feliz por tudo isto ter feito parte da minha vida.